DOCE INCÓGNITA
Feito céu de vazio e imensidão…
Contraste volúvel que em meu pensar permeia
No entreter esguio de tudo que te rodeia
Mesmo que o almejar saber-te
Me leve para ainda mais longe
Dos segredos que em ti esconde
Encontrar-te é tal mistério feito sina
Desvelar suave de uma força pujante
Resumir-me pensar em ti a cada instante
Torturar-me ao saber que estás distante
Vês que, afinal és tu meu céu insólito
Extasiado em meu âmago inóspito
Indaga-me num dulçor utópico: Decifra-me ou devoro-te?
Sem pestanejar responderia, no anseio de revelar teu ato,
Se ao devorar-me, revelar-te-ia desejo oculto de amar-me.