Cybervalsa
O que nasce do limbo e da espera,
sob a fome dos olhares tortos,
inflamado da insanidade das horas,
rodopia descalço pelo chão de granito.
E mesmo estando entre sombras falantes,
parece se acreditar num salão de espelhos,
vez por outra me vendo passar
a cada volta de seu seu corpo suspenso.
No alto um sol de cristais lapidados,
cuspindo luz por todos os lados,
prestes se apagar quando a noite vier,
e encerrar a dança feita de poeira e fumaça,
e a casaca virar retalho de tristeza,
e os espelhos virarem paredes brancas.