CIÊNCIA E PAIXÃO

Se ciência não rima poesia,

Mas razão sempre rima com paixão,

Será que sou um cientista apaixonado,

Ou um poeta aleijado da razão?

Vejo tudo com os óculos de um lente

Porém traduzo tudo em forma de poema

A clorofila do verde das florestas

É esperança de amor no coração.

Caindo a noite porque o sol se pôs

Eu interpreto tudo fora do compasso

Tudo escurece é porque chega a tristeza

E minha alma cobre do mais preto luto

Até a chuva que despenca lá das nuvens

Sei explicar toda a precipitação

Mas quando escrevo cada gota é uma lágrima

E me confunde o real com sentimento

O meu amor que me encontra ensimesmado

Também não sabe interpretar o que ela vê

É poeta esse que mergulha em tantos livros?

Ou é cientista esse que se encanta à toa?

Também não sei responder essa questão

Só sei que vibra em meu peito um coração

Por mais que eu pense e analise cada coisa

Mais eu derramo em cada coisa uma paixão.

(produzido em 02-04-06)

Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 29/12/2011
Código do texto: T3412534
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