Poeta-profeta alegras o teu irmão com a tua canção
Poeta tens a missão de profeta.
Provecto poeta, já se deu conta
de que és a poesia-missioneira?
Estendas a tua dicção na ladeira
escorregadia. Na leve escritura
de vida existida em pederneiras.
Vida contida na aflição dolorida.
Tens o canal, ligeiro mensageiro
a voar tua balsâmica poesia, dia
e noite, impedindo o mau-açoite
a fustigar a alma já amargurada.
Voa, voa, voa bel à leveza alada.
A eletro-mecatrônica-histriônica
Ou... Sei lá, quiçá, megatrônica,
não ecoa muito poética, porém,
faz um enorme bem na tua mão
missionária a dizer coisa eterna;
e até a mais originária-ordinária,
que somente o poeta ousa dizer
sem jamais alguém interromper,
pois, tu tens o amor a profetizar
àquela alma sofrida; à maneira:
melíflua a quem deva ser amada.
A tua altivez está na real nobreza
da humildade, velada na lealdade.
Para ser poeta há de se ter vidas
vividas de experiências ocultas até
da própria poesia como se fosse a ré
d’um poema, enxerido diadema poluído
à visão de maldosos e insensíveis bandidos.
Poeta és tu o profeta do amor bem resolvido.
És deus, apesar da imperfeição-divina ao retinir
do sino à sina de poetizar rindo ao sonido fremir
mensagem ao pé do ouvido da alma a se redimir.
Boas Festas e Feliz Ano Novo; Poeta.
O Clarim da Paz