CIÚMES

O ciúme pinta de cores insanas

O horizonte da querença

Magoa as felizes lembranças

Provoca a desavença

O ciúme aloja-se no pranto

Feito dor imaginária

E chega a afligir tanto

Loucura lendária…

Ciúme, sinuoso és teu caminho

Tear de lágrimas de inseguro vazio

Véu absorto, doentio

Olhar insosso, sozinho

És tu, estilhaçar de um coração ferido

Que de tanto amar, vive perdido

Entre deixar-te viver

Matar-te ou morrer.