Prezado distinto
Dentre os vidros feitos pelo tempo
Ainda vejo o quanto se diz falso e vulgar,
Até conto seus dedos dos pés
Eles me dizem que ainda posso me machucar
Detesto o modo com que diz não,
E suas lógicas pra expressar seu mundo
Do jeito que for,
Ainda posso ser sua menina
Por tentar assistir muita TV,
Acabou ofuscado diretamente pela luz
Ainda assim sua imagem aparece na tela,
Por querer aparecer igual a ela,
Não me deu seu lugar em seu coração,
Meus lábios estão em total congelamento
Na desarmonia do seu corpo febril,
É que ainda pode me queimar em chamas
Dos lados mais abastados,
Estão os olhos de menino
Que ainda podem me fazer sorrir,
Sendo uma pessoa melhor
Por falta de tantos gostos,
Sinto seu cheiro ao me levantar da cama,
Ainda há algum pedaço seu,
Em algum lugar sempre há
Não detestei procurar nem um pouco,
Pelo contrário até me fez muito bem
Poder ao menos ter a satisfação,
Respiração de um ar ainda mais puro
Do qual ainda não estava acostumada
Sem perceber o quanto poderia fazer
Dos lados só um meio
O de buscar a saída,
Antes que possa me acostumar com isso,
Seria de vital importância poder sair
Encher o pulmão de ar,
De uma inteira e sincera liberdade
Do que foi o que durou
Ocorreu-me somente sentir,
Sem observar os lados
Ainda posso esbarrar em você,
Pode ser daqui a vinte anos,
Ou daqui a pouco
Do futuro distante,
De um passado presente.