Prezado distinto

Dentre os vidros feitos pelo tempo

Ainda vejo o quanto se diz falso e vulgar,

Até conto seus dedos dos pés

Eles me dizem que ainda posso me machucar

Detesto o modo com que diz não,

E suas lógicas pra expressar seu mundo

Do jeito que for,

Ainda posso ser sua menina

Por tentar assistir muita TV,

Acabou ofuscado diretamente pela luz

Ainda assim sua imagem aparece na tela,

Por querer aparecer igual a ela,

Não me deu seu lugar em seu coração,

Meus lábios estão em total congelamento

Na desarmonia do seu corpo febril,

É que ainda pode me queimar em chamas

Dos lados mais abastados,

Estão os olhos de menino

Que ainda podem me fazer sorrir,

Sendo uma pessoa melhor

Por falta de tantos gostos,

Sinto seu cheiro ao me levantar da cama,

Ainda há algum pedaço seu,

Em algum lugar sempre há

Não detestei procurar nem um pouco,

Pelo contrário até me fez muito bem

Poder ao menos ter a satisfação,

Respiração de um ar ainda mais puro

Do qual ainda não estava acostumada

Sem perceber o quanto poderia fazer

Dos lados só um meio

O de buscar a saída,

Antes que possa me acostumar com isso,

Seria de vital importância poder sair

Encher o pulmão de ar,

De uma inteira e sincera liberdade

Do que foi o que durou

Ocorreu-me somente sentir,

Sem observar os lados

Ainda posso esbarrar em você,

Pode ser daqui a vinte anos,

Ou daqui a pouco

Do futuro distante,

De um passado presente.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 27/12/2011
Código do texto: T3409501
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