Poemas do Amor jogado na poeira...
1. DE VOLTA AO PONTO DE PARTIDA... 04 DEZ 2011
Depois de andar perdida assim, a esmo,
Enfrentando o mar bravio, escuro e tenebroso,
Volto meus passos. Retorno. E chego ao mesmo
Lugar de onde saí: o ponto de partida.
Desbaratei o tempo andando em tantas voltas
Perseguindo os parcos sonhos de quimeras
Que me sobraram só, de atrozes viravoltas,
As ilusões perdidas... Foi-se a Vida num tormento!
Em nada mudei. De certo, apenas me ficou
A certeza de que fui sempre aprisionada,
Escrava de um amor que têm magoado...
Pus fora o sonho que o tempo sufocou
E a Vida. Envelhecida sou eu mesma: quase nada
Desde o momento em que te vi e te hei amado...
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2.TUA VISITA... 06dez2011
É quase meia-noite. Já arrumei a mesa
E aprontei tudo para tomarmos chá.
Sabes: perdeste para mim toda a beleza,
Pelo mal que me fazes! Meu Deus! Por que será??...
Quando soarem as doze badaladas
Tu, meu Fantasma, virás me assombrar...
Hoje sou teu brinquedo nas horas malfadadas
Que te fazem bem, porque tu vens zombar
Do Amor que dediquei a ti... Como a ninguém!
Então... Às vezes vens. Às vezes não. Não sei
Quando é que tu decides (ou não!) me visitar...
Isto também faz parte do jogo e do desdém
Com que tu retribuis o Amor que te entreguei:
Manter-me intranqüila, penando, a te esperar...
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3. POR QUE ME MACHUCAS TANTO?... 06dez2011
É a indiferença, é o silêncio... É o egoísmo
Desse amor estranho que não se dá e não suplica,
Que quer carinho, paciência e até heroísmo
Enquanto oferta um querer que não se explica...
É um não importar-se jamais com o que eu sinto;
É a confusão que “ele” me passa, é um indeciso!
É o choro, é a dor da solidão que me ressinto
Porque não tenho dele o amor/presente que preciso!
Não sei mais, não importa... E de mansinho
Há o escuro céu, de tormenta, que se apronta
E a saudade que me chora e dói baixinho...
E é sua presença e seu amor o que mais quero
E é seu silêncio e sua ausência que me afronta
E, mesmo assim, ainda doida, eu o espero...