LOUCO AMOR.
Perdoe-me por minhas idiossincrasias
Meus momentos de puro nonsense
Amo-te profunda e profusamente
Pois és o cerne de meu todo
Minha fascinante linha condutora
Perdoe-me por minhas subvenções subversivas
E esse egoísmo errôneo e fideísta desse querer
Pela beligerância fomentada por meu ciúme
Pois o que desejo mesmo é acariciar tuas facetas
Altercar com meu próprio âmago
Para tatear todas as tuas dimensões
Amante que sou de tua feminina audácia
Curioso de tua alquimia em ebulição
Compreender as delícias de teus fragmentos
Através de minha diáfana retina
Que assaz vê tua imagem além de mim mesmo
Na insolubilidade do insólito em nós
Formatados em nossa excitante e esperada devassidão
Envolto por minha factual paixão
Nesse amor sedutor e eternamente hodierno
Que transborda pelo meu “eu” com furor
Em uma overdose nesse meu querer-te
Promanado que é de ti em tua subversividade
Emanado de teu mundo que é onde hoje vivo
Pelo alvedrio de meu coração
Perdoe-me por esse amor incomensurável por ti
Junto à sede do néctar de teu fontículo
E da galactoposia que teus seios me instigam
Para em teu universo encontrar minha paz