Eu que não sei nada do amor.

Eu que não sei nada do amor.
Tento entender meus sentimentos.
Enfrento tormentas em meu coração.

Sou frágil errante diante da esfinge.
Decifra-me ou morra, o amor me diz.
Enquanto Cronos devora-me nas areias do tempo.
Sigo em desalento sem entender esse sentimento.

O amor dos poetas de versos eternos.
Dos pintores e escultores com suas musas belas.
Mas o amor não cabe em versos nem tem forma.

Talvez no abstrato dos meus sonhos.
Consiga encontrar alguma razão.
Quem sabe no sorriso da menina.
Ou no crepúsculo e numa noite de luar.

Como vaso sem flores, quadro sem cores.
Terra arada a espera de semente.
Meu coração não se cansa de buscar.



Paulo Siqueira Souza
Enviado por Paulo Siqueira Souza em 27/12/2011
Reeditado em 24/10/2012
Código do texto: T3408450
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