Rosa dos Ventos
Doce menina, arroubo de mulher
Meu ser esvai, alumia
Dizendo a teu corpo:
Faças comigo o que quiser.
Um fio de brisa
Encrespa as areias
Nosso amor irradia
Luz de vida, bendita ceia.
Faz-me doce; faço-te feliz
Ruga na areia, semblante afortunado.
Nosso afeto irradia
Mais que amor; aprendizado
Esquadrinhas meu coração
Busca celas em meu ser
Sabes que sou tua
Se meu bem-querer
Meu eu encontrou
Porto seguro em teu coração
Amada, sei que sou teu
Nesse ventre, nossa sucessão.
Não me faças sofrer
Sabes que em meu corpo há parte do teu
Quisera toda mulher contasse
Um alguém como ti, semideus...
Coração...
Flor de meu fulgor
Sou homem comum - não te esqueças
Também quero contigo dividir desse fruto, nosso amor.
Foi modo de dizer
Não distingo uma alma da outra
Estar a teu lado, querido
Me deixa... louca
Como é bom ouvir isso
Em especial, nos dias de amargura
Es mais que pensas Afrodite...
Compassiva criatura
Que é isso amor ?
Agora, és tu quem fala em vão?
Também sou humana, querido
Veja lá... não quero dizer não.
Desculpe... esqueci
Perdi tanto, não quero mais sofrer
Passei por tantas, amada.
Quisera um dia... esquecer
Calma; estou a teu lado
Chores o quanto quiser
Meu ombro esta aqui
Sou toda ouvidos; desabafes o quanto puder
O menino em mim
Embevedou-se de tua menina
O homem que te fala
Será àquele em tua sina?
Sim...sinto o mesmo
Fazes-me delirar
Vejo em teus olhos
Uma menina também arrematar
Careço de ti, anjinho
Es fonte de vida, amor
Teu sorriso diz tudo, querida
Beija-me com fervor
Então, que seja para sempre
Um, o outro remir
Somos mais que um
Rosa dos Ventos... vem nos cingir
Manoel - Março/2004