ENCONTRAR-TE
 
Tenho adormecido quase sempre
com a esperança  de nos meus sonhos encontrar-te.   
Quando meu corpo, inerte ao leito, se entrega,
sinto-me como a flutuar por entre nuvens.
Esquecido do cansaço a que me expus no dia
vejo-me agora em desenfreada procura
entre doçuras e canduras sublimares.
A volúpia com que ansioso te procuro
confunde-se com o passar das horas da noite.
O silêncio que impera na madrugada
é entremeado por agouro de algum mocho na marquise.
Apressa-se meu coração, tolo que ama,
em encontrar-te para completar-me no aconchego,
e acalmar-me o âmago de todo tão carente.
Singelos raios que d’aurora despontam
encontram-me entre prantos e soluços
por não tê-la ao meu lado a me fazer contente.

 
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Cônsul POETAS DELMUNDO – Niterói – RJ
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 27/12/2011
Reeditado em 27/12/2011
Código do texto: T3408164
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