Cumplicidade

Eu te imagino...

O rosto, o corpo, o beijo... Desconhecido!

Adormeço meu desejo reprimido, porém,

enlouqueço em fantasias – meu delírio.

E morro todos os dias, com teu silêncio atrevido

e a minha fala muda

e o telefone que não toca... Desgostoso.

Mas teu sorriso me bastaria;

do outro lado da linha,

você diria meu nome... Apenas sonho!

Inquieto eu sofro tua ausência

e lamento minha ingrata sorte.

Como serão longos nossos dias de espera!

Eu te imagino...

Num lugar qualquer, envolvida no mesmo ato,

em tua mente o meu retrato,

a questionar-se: Estarei pensando em ti?

E sofres tu minha adorada,

ao sentir-me tão presente em tua alma,

imaginando o toque, o perfume e o sabor,

corrompendo teu corpo delicado.

Gozamos ambos, nessa ternura imaginária;

que nos une, separa e abala... Na falta.

Eu te imagino...

Sob a luz de minha mente – sorrindo,

onde a distancia é um mero acaso

e perco-me a contempla-la a face.

Nobre consolo que a este poeta acalma,

Vê-la bela e forte,

em vossas próprias palavras,

irradiante ao confrontar novo horizonte,

altiva a escrever nova página

dessa aventura chamada vida.

Eu te imagino... Cúmplices!

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 08/01/2007
Reeditado em 03/02/2010
Código do texto: T340722
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