Cumplicidade
Eu te imagino...
O rosto, o corpo, o beijo... Desconhecido!
Adormeço meu desejo reprimido, porém,
enlouqueço em fantasias – meu delírio.
E morro todos os dias, com teu silêncio atrevido
e a minha fala muda
e o telefone que não toca... Desgostoso.
Mas teu sorriso me bastaria;
do outro lado da linha,
você diria meu nome... Apenas sonho!
Inquieto eu sofro tua ausência
e lamento minha ingrata sorte.
Como serão longos nossos dias de espera!
Eu te imagino...
Num lugar qualquer, envolvida no mesmo ato,
em tua mente o meu retrato,
a questionar-se: Estarei pensando em ti?
E sofres tu minha adorada,
ao sentir-me tão presente em tua alma,
imaginando o toque, o perfume e o sabor,
corrompendo teu corpo delicado.
Gozamos ambos, nessa ternura imaginária;
que nos une, separa e abala... Na falta.
Eu te imagino...
Sob a luz de minha mente – sorrindo,
onde a distancia é um mero acaso
e perco-me a contempla-la a face.
Nobre consolo que a este poeta acalma,
Vê-la bela e forte,
em vossas próprias palavras,
irradiante ao confrontar novo horizonte,
altiva a escrever nova página
dessa aventura chamada vida.
Eu te imagino... Cúmplices!