Eixo de Saudade
Chora em minh’alma o pranto da vergonha,
Odisseia de lágrimas em que meu corpo entristece,
Meus lábios sonâmbulos vagueiam em prece
Por um distintivo de saudade da mente tristonha.
Burburinhos de amor calam forte a solidão
Que adormece um peito cicatrizado pela desventura,
Lençóis brancos alcatifam um exílio sem censuras
Por onde gotas de orvalho alimentam desnutrido coração.
Devaneios sazonais sensualizam de êxtase a sensibilidade
E despertam um eixo entorpecido da flor da mocidade
Que vem à tona salpicando de saudade excêntricos desejos...
Chora em minh’alma soluços oníricos de criança,
Acervo fértil no álbum de imaculadas lembranças
Aneladas pela suntuosidade e magia dos meus beijos!