Amor de infância

Sei que deve se lembrar

De como éramos felizes

Deitados na grama verde da primavera,

De como rabiscarmos nossos nomes na árvore,

Em volta de um coração de madeira

Pude imaginar que era a lembrança perfeita,

De sabe, o amor até esse ponto tinha a obrigação de durar

Por mais dor que ele pudesse passar,

Ele ainda era sim o amor,

Algo que não deve se achar em um supermercado,

Ou talvez em um bar de uma esquina qualquer,

Não ele tinha mais força do que isso tudo,

Por estar feliz agora com outra pessoa,

Minha felicidade se vingou em pedaços de tédio

Até mesmo horas de canções de blues e melódicas,

De um tempo de tempo perdido,

Quando demos as mãos,

E aprendemos a voar juntos,

Pensei que poderia ser a gloria pra sempre,

Que sempre ficaríamos assim, juntos

Quando ficarmos velhos e cansados,

Quando a visão não desse mais pra nós dois,

Até nossas mãos enrugarem,

Em um momento só de meu e seu

Porque sinto sua falta,

Sinto o amor que foi e não volta,

Percebo a solidão de uma garota frágil

E tomada pelo determinado silêncio do local,

Ela aprendeu a ser assim

Ela não tentou ser diferente por você,

Ela tinha um mar dentro do peito,

Ela acreditava em sentimentos trocados,

Pena que a névoa não está mais espessa,

A luta se tornou uma batalha vencida,

De onde quem perdeu foi um amor que sonha,

Que acreditava no seu amor de infância.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 25/12/2011
Código do texto: T3405973
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