A MORENA E O POETA
Você, Morena, com essa beleza - menina,
Registrada por minha experiente retina,
Como passar indiferente a de poeta sina?
Olhando em seus olhos, só pureza acho!
Olhando para sua linda boca...
Vejo-a fêmea e eu macho!
Olhando sua postura digna, elegante,
Sinto-me respeitador e reverente!
Olhando para seu corpo provocante,
Sinto uma onda de calor excitante!
Morena, eu, homem experiente,
Ante sua beleza, em mim, não sinto tanta firmeza:
Ora quero ser um moralista que age com dureza,
Ora quero ser um homem das cavernas...
Ora quero ser indiferente as suas belas pernas!
Minha fraqueza faz parte de minha natureza?
Minha franqueza julgue-a sem muita rudeza,
Tenha pena deste poeta que ousou versejar sua beleza!