PALAVRAS
Prisioneiro do silêncio inóspito
Me calo sem saber por quê
Ao aceder em mim o vazio
De viver te querendo
E ainda sim te perder
Talvez pela dor tão forte
Que sinto ao silêncio romper
Pior que o vazio é a morte
De amar-te e não poder-te ter
Ao cessar em meu pranto o lamento
Quando o vento levar-te a correr
Palavras, contidas por dentro
No silêncio, corroem o meu ser.