DEPENDO DE TI

Imundo-me no lodo que me inunda o peito todo,

na cega decadência do que sou em tua ausência,

pois tens o meu destino aprisionado em teu olhar.

Penetro-me completo no teu fértil, vasto mar,

qual rio a procurar por sua foz e desaguar

inteiro, obstinado a realizar o seu escopo.

Como o verme sobrevive das entranhas de outro ser...

A esperança necessita do infortúnio para haver...

E a manhã que suga o brilho do teu riso pra nascer...

Dependo de teu corpo e de tua alma pra viver!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 24/12/2011
Código do texto: T3404444
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.