Nua... na alma
Alma nua
Vazia de sonhos
Que vagueia na imensidão
De uma estrada sem fim, na escuridão
O sol pálido deste dia nublado é insuficiente
Para firmar seus lentos e pesados passos
Brilha pouco, com seus raios mornos
Sobre sua face gélida de vagas lembranças
Suas belas vestes de esperança
Deixadas para trás na exaustão da caminhada
Não lhe cobrem a pele desgastada
Do fatídico destino
Razão pela qual despiu-se
Para sentir o vento em seu espírito
Para desfazer-se de amores do passado
Impregnados em seu coração, agora também nu
Pois quer livrar-se de tudo que a oprime
Alma nua, agora sente-se liberta
Nem pensa em vestir-se
Prefere a nudez
Ao glamour de uma ilusão...