Ao meu amor


Verão, sol e mar
férias a dois em crisol
manhã em rosicler
noite em suave arrebol
ao cantar do rouxinol

A sós eu e você
Num desenho em grafite
um esboço de sombra e luz
em nosso corpo um convite
para um amar sem limite 

O dia amanhece
raios de sol nos acorda
Meu corpo colado ao teu
o orvalho da aurora
paixão em nossas almas aflora



A noite quando chega
pelo crepúsculo anunciada
oferta como paisagem
uma noite estrelada
a duas almas arrebatadas

Retiro da lembrança 
ingênuos passeios a sós
nossos corpos se tocavam
sem pressa ou veloz
num frenético ou tímido algoz

Feliz posso ver agora
continuamos apaixonados
um pelo outro viciado
um casal de enamorados
dois arco-íris matizados

Hoje, estar a sós para nós
ainda é uma tentação
basta um olhar ou um tocar
são dois corpos que se dão 
em estado de combustão

Alguns anos casados
Para manter a chama acesa 

inibições são deruubadas
intimidades com sutileza
puro erotismo sem pobreza

Nosso amor é um vinho
em fermentação alcoólica
cada ano que passamos juntos
há uma efervecência metabólica
em nossa natureza bucólica










 
Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 23/12/2011
Reeditado em 26/12/2011
Código do texto: T3403788
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