Estas lágrimas de Abril

Estas lágrimas de Abril

Marcos Olavo

Uma vida joga lá fora,

Vendo a esmo de tudo que conheço,

Na obrigação do amor em honra,

Tendo a nova lua nas mãos.

Um tempo com remédio demente,

Sobrevivendo no local de loucos,

Na cadeia ainda inventada,

Pela dor da surra criada.

O amor em teu sorriso eu vejo,

Sendo acordado pra sempre aqui,

Dançando em noites bem desenhadas,

Pelas tuas mãos tão pequenas.

O grito eu ouço na rua,

Do desespero sem razão,

Ficando em uma tarde escrita,

Pelo ódio secreto dos fios.

Estas lágrimas de Abril,

Achada na pisada de formigas,

Na corrida de preta dos céus,

Que as estrelas são pingos.

Lamento em tristeza ousada,

Na fala do insano sem motivos,

Pra viver na terra tão explorada,

Que merece ser feita outra vez.

Este amor aqui ficou sem graça,

Acreditando em um fim em borracha,

Feita ondas em saliva de solidão,

Preparando na escura decisão.

A hora vai bater em mim,

Assombrando o dia improvisado,

Pela melhor explicação do beijo,

Indo em um mundo paralelo.

A tinta foi escolhida em montanhas,

Que serão recolhidas as flores raras,

Na voz calma do teu pensamento,

Em uma linha quase morta.

Você é culpada pela falha,

Deste desenho na tela de pano,

Que nunca será deixada na parede,

Do quarto que o poeta descansa.

A tua briga bela que conheci,

No olhar perdido por nós,

Neste vento forte da tempestade,

Que arrasta tanta emoção.

Era tão inocente este amor,

Em carência vivida por nós,

Na cara em palavra sem dizer,

Em horas de raiva em planos.

Hoje eu posso querer escrever,

Na maluca humilhação,

Atacando o nosso sentimento,

Na pior brutalidade em tempo.

A última conversa foi tão cruel,

Levada pela a pena caída,

Em um espaço entre nós,

Na felicidade nascida aqui.

Fiz o melhor possível,

Na sinceridade acontecida aqui,

No valor do amor em livros,

Que sempre leio e releio.

Tente compreender este amor,

Que vaga nas noites sombrias,

Na fumaça perigosa que ataca,

Sem ter medo de enfrentar.

Era uma realidade em papel amarela,

Que desliza com dedos tudo em fresco,

Sendo borrada toda vez que choro,

Em lembrar o nosso amor.

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 22/12/2011
Código do texto: T3401771
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