NOSSO AMOR MADURO...
Uma raposa passou abanando
o denso rabo,
olhou de novo para as mesmas
e antigas uvas,
e se convenceu de que estavam
bem maduras.
Então num salto magnífico
de raposa
agarrou um cacho
da alta parreira...e logo contente
seguiu feliz
aquele mesmo caminho que lhe
era familiar.
As uvas eram Merlot...mais doces
que o favo da Jati...
assim diria José de Alencar na sua
imaginária história
de Iracema, a virgem dos lábios
de mel.
Então, no exato momento em que
o sol se despedia da tarde
você chegou repentinamente para me
dizer que
nosso amor...mesmo distante...seguia
ainda mais latente.
E se havia um coração para ser amado
nesse calorão...
esse era o dela no meu...já que seu
sorriso tudo dizia,
uma vez que as palavras se perdiam
em nossos cobiçosos olhares.
E ela só pôde dizer num sussuro,
como se fosse um
vento de entardecer,desses bem suaves,
que ela vinha
para me encher de amor...até eu
mesmo transbordar.
Hum...desde que não chovesse com
raios e trovões.
Bem entendido, rsrs.
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Autor : Cássio Seagull em 21-12-11 SP
ca.seagull@hotmail.com
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