Aonde vai o trem
Mistério azul temporal
Na plataforma se formam bagagens
Anterior às nuvens rodando em gotas
Confirmações das trovoadas cheias de sol
Possível torrente de paixões que não passam
Momento infindo de esperança do amor que se encerra
No trem da despedida lugares vazios só há uma pessoa sentada
Apavora a língua que salta palavras lentas sem verbos
O aceitar das mãos sem costas deslizam entre dedos quentes
Corrente sanguínea palpita nos pulsos balanço do peito
É o coração que faz a viagem olhando as janelas paisagens em movimento
A direção não é certa sopra com o vento
Os trilhos apontam caminhos em vão da dupla mão
A chuva que vem detrás das montanhas tão grandes ao longe
Sossega ao barulho do trovão no branco passeio
Hoje é só o fim que começa do amanhã que pra lá se esconde