A Cena que eu Quiser

São só sinais

Que eu recebo de você.

Sem saber se são reais

Ou se é tudo piração minha.

Teu sorriso as vezes me diz algo mais

Mas eu não acredito

Não tenho provas para acreditar.

Teu olhar quase sempre me persegue

Mas eu nunca o encontro.

Tais palavras eu não pude entender

Se era apenas simpatia

Ou será que havia

Uma nota que eu não percebi

Um carinho que pras outras não.

Será que sem querer

Te ganhei e te perdi

Por onde?

Mal te vi chegar...

Mas já senti doer

Foi instantâneo,

Dos teus olhos veio a ferida

Que arde todo dia

Quando penso em você

Na distância e nas suas meninas.

Outra vez me pego pensando

Sobre aquelas horas

Que passei olhando pros seus olhos

E sua boca bem ali...

Desenhada como uma borboleta

No sorriso que me faz sofrer

Tinha as suas mãos presas na minha

Tinha o seu corpo pra me esconder.

Tão perto quanto ar

E nunca te toquei.

Mas Deus é um garoto mal brincando com formigas

Pelas minhas asas me levou pra longe de você

Hoje seus olhares são esquisitos

E ainda não interpreto os seus sinais

Seus olhos cheios

De ódio quente e paixão ferida.

Mas eu imagino,

"Eu crio a cena que eu quiser

Eu tiro a roupa pra você

Minha maior ficção de amor."

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 21/12/2011
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