O homem do ano
Quebrou-me por inteiro
Aos pedaços pelo vento
Dos mais não estou mais de pé
Não concorde com o que digo
Lamente por me deixar nesse estado,
Como se fosse um animal qualquer,
Daqueles que não tem sua misericórdia,
Por mais que te ferisse,
Coisa que nunca fiz,
Não tinha esse direito comigo,
Nunca teve esse direito
Agora com as paredes em branco,
Já que apagaram todas as suas magoas
Sobrou de mim um copo vazio,
Um corpo perdido no tempo,
Tempo, pra quê?
De todo resto que me roubou,
Posso servir de útil pra alguém
Do que tinha servido pra você,
Cantou por tantos tons,
Que me fez perder a voz
Perdeu-se do seu juízo
A brincadeira de quebrar minha dignidade se foi,
Procure quem possa fazer isso,
Fazer isso por você
Procure quem vá te aconselhar á noite,
Quem vai te dar bom dia pela manhã
Quem vai cobrir seus sonhos,
Pra realizar os seus
Quem vai te dar estímulos,
Quando por acaso fraquejar
Como você não precisa mais de mim,
Eu também não preciso mais de você,
Por um longo tempo,
No qual precisei era dependente,
Mais agora os lados estão opostos,
O sol se virou diante da lua,
A margem dos erros não existe
A natureza se tornou soberana e forte,
Ela quer aprender a brilhar,
Sem precisar ser ofuscada,
Por um homem que parecia o ideal,
Pelo menos era o que seu cartão de visitas dizia,
Pobre coração de um sonho assustado,
Pobre perda de um ideal arranhado,
Que um dia ainda será como antes,
Apenas ele mesmo.