O homem do ano

Quebrou-me por inteiro

Aos pedaços pelo vento

Dos mais não estou mais de pé

Não concorde com o que digo

Lamente por me deixar nesse estado,

Como se fosse um animal qualquer,

Daqueles que não tem sua misericórdia,

Por mais que te ferisse,

Coisa que nunca fiz,

Não tinha esse direito comigo,

Nunca teve esse direito

Agora com as paredes em branco,

Já que apagaram todas as suas magoas

Sobrou de mim um copo vazio,

Um corpo perdido no tempo,

Tempo, pra quê?

De todo resto que me roubou,

Posso servir de útil pra alguém

Do que tinha servido pra você,

Cantou por tantos tons,

Que me fez perder a voz

Perdeu-se do seu juízo

A brincadeira de quebrar minha dignidade se foi,

Procure quem possa fazer isso,

Fazer isso por você

Procure quem vá te aconselhar á noite,

Quem vai te dar bom dia pela manhã

Quem vai cobrir seus sonhos,

Pra realizar os seus

Quem vai te dar estímulos,

Quando por acaso fraquejar

Como você não precisa mais de mim,

Eu também não preciso mais de você,

Por um longo tempo,

No qual precisei era dependente,

Mais agora os lados estão opostos,

O sol se virou diante da lua,

A margem dos erros não existe

A natureza se tornou soberana e forte,

Ela quer aprender a brilhar,

Sem precisar ser ofuscada,

Por um homem que parecia o ideal,

Pelo menos era o que seu cartão de visitas dizia,

Pobre coração de um sonho assustado,

Pobre perda de um ideal arranhado,

Que um dia ainda será como antes,

Apenas ele mesmo.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 20/12/2011
Código do texto: T3398339
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