COLAR
por ser de cá
por um cá assim de quem
te vê o pescoço,
de quem assim
faz um esforço pra entender
por que
é tão apaixonante,
“corrente”
não se aplica ante
delicadeza assim...
antes chamar-se diferente
nome qualquer
que sugira,
um quase não ser
que resiste em existir!
que corta a pele sem a ferir
mas que a risca,
marcando.
como um traço inteligente
soberano, mestre,
um traço brando...
outro fio louro
que lhe desce pescoço
e se acomoda.
qu’encanta e abraça!
em forma de roda.
pende um pingente na ponta,
de peixe ou coisa assim,
deitando e dormindo
no claro da menina namorada...
Eu olho, eu conto,
(mesmo! cada!)
elozinho formante
do filetinho brilhante.