Rio
Rio que corta montanhas e vales,
Seduz minh’alma na aurora do dia,
Em tua correnteza há sorrisos e alegria
E uma saudade carente que parte...
Rio que atravessa várzeas e campos,
Assedia minha solidão no verdor da madrugada,
Em tuas águas que cruzam vegetações em disparada
Há vertentes de lágrimas de compulsivo pranto.
Rio que circula os teares urbanos,
Em tuas margens há sacrifícios profanos
A deuses insensíveis que a mitologia consagrou...
Rio que deságua suas impurezas no mar,
Alicia meu íntimo para que eu possa amar
As caricaturas do mundo que padecem por falta de amor!