Poema 0942 - Fazendo amor

Nenhuma palavra se ouviu naquele quarto,

meu corpo era mistura de outro,

flutuávamos em uma nuvem de lençol,

meus desejos caminham lentos sobre sua pele.

Penetro seu corpo como se fosse dono,

sinto nossos membros latejar por dentro,

meu sangue ferve, pareço querer explodir,

por instante perco quase todo os sentidos.

Ouço agora relâmpagos, vejo arco-íris de fogo,

meus braços a seguram mais forte,

pareço despencar de um céu quente e úmido,

sinto suas unhas riscando minha pele.

Poucos gemidos atravessam as paredes,

parecem voltar para dentro d'outro corpo,

rolamos suavemente entrelaçando as pernas,

os movimentos são contínuos e precisos.

As bocas se tocam já não tão suaves,

as línguas falam de amor em um beijo louco,

jatos quentes são derramados como lava de vulcão,

tocam uma música em algum céu que visitamos.

Devagar diminuímos o ritmo frenético dos corpos,

sussurro alguma coisa de amor no seu ouvido,

seu rosto fica marcado de vermelho pela minha barba,

um sorriso meio tímido aparece no canto da boca.

07/01/2007

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 07/01/2007
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