Perdidos na Noite…
Numa fuga redundante e repetitiva
Em que eu caminhava para ti
E tu fugias de mim
Em que corrias para mim
E quanto mais o fazias mais eu me afastava
E nesse tempo que decorria sem nos apercebermos de tal
Aprofundava-se a nossa ferida…
Que tentávamos curar
Ou pelo menos aliviar no calor do álcool sem limites razoáveis
Que tentávamos aliviar na mistura de corpos que teimosamente se amavam
Mas cujas almas
Uma da outra cada vez mais se afastavam…
Para outros corpos
Aos quais nos sentíamos estranhos
E dos quais nos afastávamos
Para bem longe
Até que noutra redundância
Lá de novo nos encontrávamos
Para dar início a tudo de novo
A tudo de novo recomeçar
Sabendo que mais do que um princípio
Desde o primeiro minuto
Era o fim que esperávamos
Embora não o desejando encontrar…
Perdidos na Noite…