as dores dos trilhos do trem
poesia, minha namorada vadia,
que acorda de madrugada
ou no meio do dia
para fazermos amor
ou, seja lá como for,
para brigarmos também,
falarmos mal de alguém
ou do que temos comido
ou se incomodam os ouvidos
as dores dos trilhos do trem...
quando ela vem delicada,
eu já não sinto mais nada;
sua mão em minha face
é um jogo de sedução,
eu nunca tenho razão
e passo horas relendo
o que’inda não escrevi
seus olhos vão me seguindo,
ela me olha e sorri,
mas o meu beijo não vem
a poesia, ela tem
tem sobre mim um comando
que vai durar até quando
o boto aprender a nadar
ou o Sargento Garcia,
depois de muito tentar,
prender o Zorro pra gente
pro filme então começar...