Quando um amor se vai
Bate em mim, ávida a brisa fria
E a dor da saudade se desperta.
No peito rasga o amor à revelia,
Deixara no olhar a longa espera.
No silêncio ao longe se sentia...
Olhar sereno do pouco que nos resta.
O adeus doído ainda se despedia...
Amor amigo que, de nós, parte carrega.
Ah, amor meu, eis minha última poesia...
Tua imagem, ali, no fronte se perdia...
Tão impossível assim me desespera.
E como se fosse um amargo pôr do sol,
Tu vais bela como o brilho do farol...
E hei de ficar sempre aqui a tua espera.