MÉDICO DOS POETAS
...CURANDO AS DORES.
A caneta encontrou o papel...
Ah! Ele estava tão triste;
Ela, então, apontou para o céu.
Ele respondeu: Deus não existe!
Deus não existe, por quê?
Perguntou ela, ao papel;
Disse ele: Se existe é pra você!
(...Enquanto olhava pro céu.)
Então, a caneta disse:
Deus, toda tristeza encerra!
Vem, e deixe de tolice,
Temos uma missão na terra.
Sorria e mantenha a calma,
Os poetas precisam de nós;
Eles gritam do fundo d’alma,
E, nós somos deles a voz.
Então, o papel que era triste,
Disse: Minha tristeza, se encerra,
Eu creio... Deus existe!
E tu és dele um anjo na terra.
Então, o papel e caneta,
Fizeram um juramento de amores,
Vamos juntos ser para os poetas,
Dois anjos a aliviar suas dores.
E, desde então, ele todo de branco,
Dela, o amor não rejeita.
Enfermeira e médico de sorriso franco,
Passam para nossas dores a receita.