MÉDICO DOS POETAS

...CURANDO AS DORES.

A caneta encontrou o papel...

Ah! Ele estava tão triste;

Ela, então, apontou para o céu.

Ele respondeu: Deus não existe!

Deus não existe, por quê?

Perguntou ela, ao papel;

Disse ele: Se existe é pra você!

(...Enquanto olhava pro céu.)

Então, a caneta disse:

Deus, toda tristeza encerra!

Vem, e deixe de tolice,

Temos uma missão na terra.

Sorria e mantenha a calma,

Os poetas precisam de nós;

Eles gritam do fundo d’alma,

E, nós somos deles a voz.

Então, o papel que era triste,

Disse: Minha tristeza, se encerra,

Eu creio... Deus existe!

E tu és dele um anjo na terra.

Então, o papel e caneta,

Fizeram um juramento de amores,

Vamos juntos ser para os poetas,

Dois anjos a aliviar suas dores.

E, desde então, ele todo de branco,

Dela, o amor não rejeita.

Enfermeira e médico de sorriso franco,

Passam para nossas dores a receita.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 17/12/2011
Reeditado em 18/01/2022
Código do texto: T3393256
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