Sinestesia

Oh, dor! Levaste-a à sepultura!

Deixaste-me sem meu sol...

Vê como estou só

Sem meu quadro, sem minha escultura!

Oh, dor! Leva-me também contigo

Pelas estradas de um alfa sem pudor...

Há um sepulcro enfeitado de amor

Que por mim espera num ômega desconhecido!

Oh, dor! Soterra minhas lembranças

Já que abandonado estou neste vácuo-tempestade...

Se o amor me aguarda na eternidade,

Deixa-me adormecer nos braços da esperança!

Quando um novo sol clarear as arestas do infinito,

Despertarei perfumado no brilho que acariciará meu espírito!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 16/12/2011
Código do texto: T3392792
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