NÃO É TRISTE A SINGELA BOCA

NÃO É TRISTE A SINGELA BOCA

MARCOS OLAVO

Pus-me a ler tais traços,

Que me fez errar tanto assim,

Violando minhas vergonhas,

Que são ousadas até demais.

Você me deixa sem mundo,

Sobrevivendo em um paralelo.

Vivendo sonhos adormecidos,

Em uma cama de pesadelos.

Agora, sinto um forte desprezo,

Na hora do beijo musgos,

Encontrados em mares salgados,

Levando até o infinito querido.

Encontrei meu perigo em tua boca,

Catando doces nunca inventadas,

Em um jardim de esperança,

Na alma deixada na raiz,

Deste coração em desespero.

Muito em dar-me conselhos atrevidos,

Na voz de uma bela flor espinhosa,

Sendo a melhor menina sofrida,

No pedalar desse malvado esquecimento.

Sei que durmo tão pouco,

Olhando pela a janela deste quarto,

Que cruza a tua vaidade esperta,

Em espera do meu insano doido.

Não é triste a singela boca,

Que leva até a minha sincera vez,

Em toque de nuvens raras,

Que nem céus querem nascer.

Uma delicada promessa nos fez,

Nesse trocar de olhos brilhosos,

Na festa alegre e cantante,

Em cada valsa do badalar.

Palavras abrasadoras em dias confusas,

Nas brigas sem razões em agonia,

Visitando o maldito escrito,

Que te fez falar sem dó.

O sobrenome, escondido de nós,

Na altura de um castelo em areia,

Sendo criado pelas as mãos minhas,

Que em cada vento faz jogar.

Tenho a mais dor aqui,

Pra mostrar toda hora assim,

Que seja intimada por você,

Em vez de choque em nós.

A consciência dos erros próprios,

Que sempre se esquece de gritar,

No papel amarelo de espera,

Em tua gaveta que era minha.

Uma cama me faz deitar,

Em pura tristeza,

Relembrando de dores,

Causadas na vista do passado.

Procuro desculpar tudo em mim,

Até outra risca de amargura,

Que finge o bem em ligar do mal,

Na mergulhada conhecida por nós.

Qualquer coisa é assim errada,

Em um tempo ruim nosso,

Na vergonha molhada na face,

A beira do tédio sem perto.

Um sonho ainda perdido,

Na loucura dessa viagem,

Nas lágrimas em pingos,

Caindo no chão em vulcão.

À medida que o tempo voa,

Vem a nossa distancia absurda,

De uma visão sem olhos,

Na tua fingida menina.

Quando o sino derruba tudo,

Na lembrada andada pelas mãos,

Tudo se faz o silencio dia,

Neste cantar de martírio.

Escrito por: Marcos Olavo

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 16/12/2011
Código do texto: T3392776
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