Mergulhos…

Na noite da nossa própria e íntima escuridão

Mergulhos que damos feridos

Para nos libertarmos

Ou imergirmos na paixão…

De estarmos aqui

Despidos

De preconceitos

E às vezes do resto

Mergulhos que são imensamente belos

Quando te tenho por perto…

Onde te possa realmente ouvir

Onde te possa escutar

Com a força

E a convicção

De apesar dos imensos “poréns”

E contradições que a vida tem

É contigo que eu gosto de estar…

Mergulhando por isso ora nas águas

Ora no éter

Ora na terra

De onde de alguma forma te possa encontrar

Sendo por isso

Que nunca pararei de nadar

No líquido difuso em que transformámos a nossa existência

E assim esses mergulhos possuem uma calada beleza

Porque os céus nos contemplaram com esse dom da percepção

Onde mergulhamos para nos sentirmo-nos

Esquecendo nas margens acessórias

A teimosa

Luminosa

Mas por vezes incómoda razão…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 16/12/2011
Código do texto: T3391339
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