Mergulhos…
Na noite da nossa própria e íntima escuridão
Mergulhos que damos feridos
Para nos libertarmos
Ou imergirmos na paixão…
De estarmos aqui
Despidos
De preconceitos
E às vezes do resto
Mergulhos que são imensamente belos
Quando te tenho por perto…
Onde te possa realmente ouvir
Onde te possa escutar
Com a força
E a convicção
De apesar dos imensos “poréns”
E contradições que a vida tem
É contigo que eu gosto de estar…
Mergulhando por isso ora nas águas
Ora no éter
Ora na terra
De onde de alguma forma te possa encontrar
Sendo por isso
Que nunca pararei de nadar
No líquido difuso em que transformámos a nossa existência
E assim esses mergulhos possuem uma calada beleza
Porque os céus nos contemplaram com esse dom da percepção
Onde mergulhamos para nos sentirmo-nos
Esquecendo nas margens acessórias
A teimosa
Luminosa
Mas por vezes incómoda razão…