LIBERDADE ENFIM... (de: Luciane A. Vieira – 22/02/2008 – 22h32min)

LIBERDADE ENFIM...

(de: Luciane A. Vieira – 22/02/2008 – 22h32min)

Hoje me libertei do amor...

Sim: do amor!

Mas não do Amar com todas

As fibras do coração...

Me libertei de um amor carente e doente

Do amor incompetente e tirano...

Do amor idealizado...

Do amor idolatrado...

Do amor incompreendido pela vida...

Do amor cantado em verso e

Prosa, mas sem alento...

Do amor retrato de encanto...

Do amor escravizado...

Do amor indisciplinado...

Do amor inconseqüente...

Do amor prepotente e estilizado...

Eu, hoje, me libertei, sim,

Do amor paixão em retrato!

Sinto em meu peito um vazio até...

Pois me libertei, enfim,

De um amor já acabado há tempos, mas

Sobrevivente: pois o amor existe sim...

Como um raio esquecido

Como um gesto dolorido, embora lindo,

Onde só eu não percebia e, assim,

Percorria uma estrada a

Continuar amando alguém

Sem acreditar ou mesmo

Pensar, talvez, em mim...

Mas agora descobri ter ficado

Tão só lembranças lindas de

Um amor amigo e

Sem fim...