Surpresas do amor
Quando senti as flores nos olhos
De imediato vi sua vidraça arranhada
Pois suas mãos nas minhas,
Era dia de primavera
Deitou seu peito no meu colo,
Começou a cantar uma melodia suave,
Vinha do tempo que estávamos juntos
A brasa soltava faísca,
Não se sentiu só por nada,
Pois me tinha fiel a sua companhia
Gostava de te sentir em mim,
Foi o mais terno que alguém já chegou
Tinha vergonha de acreditar no inicio
Pensava que já era o fim de um ciclo
No amor ou nos planos da vida,
Tinha essa idéia
Deixou de me preocupar,
No instante em que segurou minha vergonha,
Senti o peso de suas fortes mãos nas minhas
Tinha juntado com o coração pulsado,
Histórias de um meio agitado,
Por um instante tão suave, tão terno,
Não pensei em sonhar tão alto
A meu ver tinha medo de cair,
Existiam tantos no mesmo lugar,
Onde não queriam estar, mas estavam
Estavam sem forças pra levantar,
Levantar de onde cavaram sua cova,
De onde eles mesmos se interaram,
Tinha isso na mente, a mente trabalhava
Amores que realmente senti e vi,
Não acabaram tão bem assim,
Por fraqueza de quem iria sustentar,
Meu vento era silencioso, não tinha pretensão
De como poderia me ver em anos de vida, de tentativas
Ao menos tentar encontrar,
Alguém que me fizesse esquecer o que avistei
Seu curso encontrou seu caminho,
Lembranças do outono mais lindo,
Onde flutuar seria só o começo,
Do que ainda poderia aparecer na vida.