Surpresas do amor

Quando senti as flores nos olhos

De imediato vi sua vidraça arranhada

Pois suas mãos nas minhas,

Era dia de primavera

Deitou seu peito no meu colo,

Começou a cantar uma melodia suave,

Vinha do tempo que estávamos juntos

A brasa soltava faísca,

Não se sentiu só por nada,

Pois me tinha fiel a sua companhia

Gostava de te sentir em mim,

Foi o mais terno que alguém já chegou

Tinha vergonha de acreditar no inicio

Pensava que já era o fim de um ciclo

No amor ou nos planos da vida,

Tinha essa idéia

Deixou de me preocupar,

No instante em que segurou minha vergonha,

Senti o peso de suas fortes mãos nas minhas

Tinha juntado com o coração pulsado,

Histórias de um meio agitado,

Por um instante tão suave, tão terno,

Não pensei em sonhar tão alto

A meu ver tinha medo de cair,

Existiam tantos no mesmo lugar,

Onde não queriam estar, mas estavam

Estavam sem forças pra levantar,

Levantar de onde cavaram sua cova,

De onde eles mesmos se interaram,

Tinha isso na mente, a mente trabalhava

Amores que realmente senti e vi,

Não acabaram tão bem assim,

Por fraqueza de quem iria sustentar,

Meu vento era silencioso, não tinha pretensão

De como poderia me ver em anos de vida, de tentativas

Ao menos tentar encontrar,

Alguém que me fizesse esquecer o que avistei

Seu curso encontrou seu caminho,

Lembranças do outono mais lindo,

Onde flutuar seria só o começo,

Do que ainda poderia aparecer na vida.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 14/12/2011
Código do texto: T3389126
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