Homem
A minha solidão tão tímida em um abraço
Abraçada alinhada pura ao seu regaço
Numa fonte incessante de beijos amorosos
Denuncias feitas em versos soltos tão nossos
Sua boca buscando o mel velado do meu beijo
Nos meus lábios o fel amargo do desejo
Suas mãos buscam as carícias obscenas da minha nudez
Vejo a luz traspassar o seu rosto e a loucura transformar sua tez
Meu corpo permite a entrada do seu
Seu sexo dilacera maldoso meu recatado eu
A selvageria que alimenta seu instinto
Mal sabes ou perguntas como me sinto
Apenas queres satisfazer sua fome
Não te culpo por seres tão homem
Afinal apenas fazes o que quero de ti
Ainda que tudo isso lhe obrigue a mentir