Amor na madrugada...

(...) quanta impaciência

nos ditames da consciência

inconsciente...

coerência, incoerência,

latência, carência...

atos e fatos, casos e acasos;

beleza no ocaso...

sensibilidade à flor da pele;

noite de lua cheia...

alheia, incendeia

amor na madrugada,

rasgando véus...

riscando céus na

retina do teu olhar...

toda maciez e volúpia na

insana loucura de amar;

"nosso espaço" no compasso

descompassado do

exagerado desejo...

convergente e inconsequente

nas noites e manhãs

dos nossos amanhãs.

Marisa de Medeiros