Amor de qualquer tempo

Amor de qualquer tempo

E, no entanto, é no amor que explode o coração, e que a dor que nunca se sente,

se conhece vibrante num querer inocente, que nenhuma razão há.

Por assim dizer, sentir entorpece o que a mente esquece,

Mas que no peito aquece o que ninguém tira de você.

E que de amar é tão terno a saudade que sinto, senhora minha,

Que minha alma resguarda o desejo de ir a ti, e nada mais...

Tantas palavras pra dizer tanto de um só sentimento,

Que não só é meu, mas teu, de tantos, mesmo que insone,

e mesmo sem tempo e gosto, eu aqui sozinha

num querer que não se finda,

peço a ti, senhora minha que me deixe ficar um momento,

pois mesmo nesse derramamento, sinto que não quero que se vá de mim.

O amor por ora nos conforta, ou consome, consola, aquece e vai embora,

Mas quando isso acontece, é algo de angústia e calor,

Feito pôr do sol sem cor...

Mônica Ribeiro

12/12/....

Num tempo qualquer, pois tive vontade de escrever como escreviam os apaixonados do planalto, do Séc XVIII, do quarto de hotel, de Marília de Dirceu, de um tempo meu.

Mônica Ribeiro
Enviado por Mônica Ribeiro em 12/12/2011
Código do texto: T3385859