Saudação
- Bom dia, mãe! Acabei de nascer, sinto a vida, que me aquece a alma.
Venha cá... Dê-me tua calma...Vê que apenas você
Pode dá-la amor!... Eu acabei de ver a luz
Da vida — da felicidade! Da alegria, quero aconchego,
- Vai, nobre menino, neste devaneio profundo e enorme
Voar pelo mundo dos grandes...
Que beleza, meu Deus! Que beleza é a minha vinda a este mundo!
Presa ao amor — pelo querer, presa ao chão – pela ternura!
O que interessa é o teu bel-prazer que é feito, Deus!
Ainda não pequei!... Portanto, não cometi nenhum crime,
Por isso não mereço nenhum castigo...
Pois não pretendo viver na aflição,
Noites desabrigado; que me dilacere o coração...
Que me prendem, que me batem, que me matem,
Tudo que peço é amor, não preciso da dor,
Ainda que para isto eu tenha que fazer grande sacrifício...
Menino! Vê meu sorriso... Vai unir-me a ti!
Achegue-te... Achegue mais; no brilho busco te ver!
No meu olhar, que centelha e brilha, alegre e confiante...
Prendo-te em meus braços para viver este momento;
Tenho muito que te oferecer por esta linda paixão...
Pretendo revelar-te alguns mistérios desse amor
Tão bonito, que leva ao infinito e afaga o coração...
Pois sim! Quando alguém nos doa amor, quando, Deus,
De nós, tendes piedade, um filho é recebido
De todo o coração, e uma mãe nunca o saberá dizer não.