Saudação

- Bom dia, mãe! Acabei de nascer, sinto a vida, que me aquece a alma.

Venha cá... Dê-me tua calma...Vê que apenas você

Pode dá-la amor!... Eu acabei de ver a luz

Da vida — da felicidade! Da alegria, quero aconchego,

- Vai, nobre menino, neste devaneio profundo e enorme

Voar pelo mundo dos grandes...

Que beleza, meu Deus! Que beleza é a minha vinda a este mundo!

Presa ao amor — pelo querer, presa ao chão – pela ternura!

O que interessa é o teu bel-prazer que é feito, Deus!

Ainda não pequei!... Portanto, não cometi nenhum crime,

Por isso não mereço nenhum castigo...

Pois não pretendo viver na aflição,

Noites desabrigado; que me dilacere o coração...

Que me prendem, que me batem, que me matem,

Tudo que peço é amor, não preciso da dor,

Ainda que para isto eu tenha que fazer grande sacrifício...

Menino! Vê meu sorriso... Vai unir-me a ti!

Achegue-te... Achegue mais; no brilho busco te ver!

No meu olhar, que centelha e brilha, alegre e confiante...

Prendo-te em meus braços para viver este momento;

Tenho muito que te oferecer por esta linda paixão...

Pretendo revelar-te alguns mistérios desse amor

Tão bonito, que leva ao infinito e afaga o coração...

Pois sim! Quando alguém nos doa amor, quando, Deus,

De nós, tendes piedade, um filho é recebido

De todo o coração, e uma mãe nunca o saberá dizer não.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 06/01/2007
Reeditado em 07/01/2007
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