Poema 0941 - Volta
Nos olhos, tempestades,
o toque esquecido nos dedos
de um corpo ausente,
uma caricia que ficou sem pedir.
O seu amor é inclemente,
vez por outra parece perfeito,
como chuva que pára o verão por segundos
e a ausência continua.
Esqueça os pedidos,
as respostas de não,
caminhe por entre seus sonhos,
desapareça com a dor e cole um sorriso.
Dá-me a semente que plantei,
o jeito que falou do amor que fui,
deixe a dor em outro corpo,
como um dia chegou e se instalou em mim.
Volto a colar risos na boca,
fitar olhos que encontrei pela rua,
não neste tempo seu,
em um novo mundo só meu.
06/01/2007