Bailado Alado

Mar de esperanças que boiam à toa

No sepulcro anônimo onde dormitam fantasias,

Vagas serenas declamam ousadas utopias

Numa areia negra que sabota os alicerces da canoa.

Barcos em que a saudade singra a solidão

São abandonados à deriva da tempestade exótica,

Caravelas perdem o rumo na odisseia caótica

E se chocam contra as paredes que protegem o coração.

Nas águas plácidas do inverno sem procelas

Estima-se que o amor desponte na primavera

E no jardim do oceano haja um bailado de colibris...

Do sal marinho extrair-se-á ameno paladar

Em que as esperanças já não boiarão no mar,

Mas mergulharão e navegarão soberbas nas asas dos bem-te-vis!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 11/12/2011
Código do texto: T3383914
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