ABRANDA
E olvido o mal que me fazias...
Quanto mais tempo aberta a chaga,
Mais verte sangue que não afaga
Os meus medos nas noites frias!
E teu amor, meu peito não alaga!
Querer-te causa tantas iras...
Não permito mais que me firas:
Tua traição, dolorosa adaga...
E se meu corpo procurar-te...
Sofro só, mais outro fracasso!
Nas mágoas dos erros que faço,
Abranda meu pecado em arte!