Trajando Lamentos

As margens do Nilo,

Consumo-me em devaneios

Remetendo as águas minha oferenda,

Em rubras flores, estros do Éden,

O tempo sorveu a lágrima... Deixando o pingente!

Embriagado pelo perfume,

Possuo-me nos tons da magia

Trazendo do céu a figura meiga

Vestindo sentimentos, trajando lamentos

Cultivados nos ecos do coração!

Abordado entre os ventos,

Encontro-te na música cantando baixinho,

Mensurando no peito o calar em afagos

Eleitos pela noite que mesmo sem luar

Tatua n’alma a jura, o preito vastidão!

Nestas palavras,

Meu pranto se desenrola pequeno

Fazendo do meu mundo o meu verso de amor,

Transcendo entre ilhas e universos

O beijo no seio... O beijo sofreguidão!

Auber Fioravante Júnior

09/12/2011

Porto Alegre - RS