Ferida...

Os panos da sua alma

que torcidos, só pingam sangue.

Essa ânsia em teu coração,

num desespero pela cura

usa tudo, exceto

cocaína, como arma

contra a dor.

Você, o senhor do sorriso dela.

Que se ri das tuas lástimas e

se refere a cada lágrima

tua

como a coisas triviais.

Ela, senhora do teu amor,

dos teus sonhos,

dos teus passos tortos na vida.

Uma víbora

traiçoeira

disfarçada de beija-flor

que apimenta-lhe a ferida

E com facadas

desferidas

no peito, chama-te de amor.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 10/12/2011
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