Ferida...
Os panos da sua alma
que torcidos, só pingam sangue.
Essa ânsia em teu coração,
num desespero pela cura
usa tudo, exceto
cocaína, como arma
contra a dor.
Você, o senhor do sorriso dela.
Que se ri das tuas lástimas e
se refere a cada lágrima
tua
como a coisas triviais.
Ela, senhora do teu amor,
dos teus sonhos,
dos teus passos tortos na vida.
Uma víbora
traiçoeira
disfarçada de beija-flor
que apimenta-lhe a ferida
E com facadas
desferidas
no peito, chama-te de amor.