Tempo de Ninguém
Tempo e Terra
de ninguém,
fazem-me saudade
de alguém.
Quais sonhos
sonha agora
o meu amor?
Atravessa Paraísos
intocados,
ou só busca
a paz de
verdes acetinados?
Essa cama vazia
não acomoda
a saudade-nostalgia
da esposa-poesia.
Musa amante
dos versos de antes.
Logo outro dia
chegará.
Mas prevejo
que nem todo azul
bastará,
pois sei incompleta
a vida sem Cristina.
A minha metade feminina.
Para Cristina, com muitas saudades.