Sem Endereço


Pode até me faltar o ar nos pulmões
De tantas pedras que encontrei pelo caminho
Mesmo não acreditando mais em ilusões
Não deixarei que de minhas mãos falte o carinho


Cresci junto ao convívio e a liberdade dos animais
O cheiro da terra molhada é o meu perfume
Dispensou o castelo a romântica moça de Batatais
Preferiu viver onde não é tratada como belo estrume


Não se curvou diante de nenhum recomeço
Saiu do seu peito e sem deixar nenhum endereço
Portanto aprenda a lidar com a realidade...


Sua mão é frágil para colher essa flôr com espinhos
Solidão é estar acompanhado... e se sentir sozinho
A única coisa que terá de mim será saudade...






                               



Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 08/12/2011
Reeditado em 08/12/2011
Código do texto: T3378261