Ela, a rosa IV

Plantei em vasto jardim,

a semente de tua ousadia;

fertilizei o solo,

harmonizei o canteiro,

com a singela água

que jorrava em forma de poesia.

Alimentei com versos

e em muitas linhas, declarei meu afeto.

E vi assim, maravilhado;

a rosa de meus sonhos, brotar;

para cumprir na terra seu legado.

Sentei-me na soleira de meus sonhos,

imaginei tuas pétalas rosadas

e teu perfume afrodisíaco,

consumindo e exaurindo minha alma.

Acariciei teus espinhos

e lavei com sangue,

teu caule e tuas folhas

e sorri mesmo extasiado,

quando no dia seguinte;

desabrochastes num vermelho escarlate.

Ah! Rosa, que meus sonhos acalanta.

Venero o carinho que exala,

não de tuas pétalas, mas de tua alma.

Só por ti, rosa amada,

rogo em minhas preces,

saudável remanso a curar-te.

Venha, preciosa rosa,

que á meus olhos, tanto alegra;

pois, retribui-la-ei com o calor de meu afeto.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 05/01/2007
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