DEZEMBRO DE 2011
Dezembro de 2011
Marcos Olavo
Esse é o mês que mais choro,
Em saber da minha tristeza,
Em um novo navegar do lembrar,
Na pior dor apanhada.
Pra sempre estarei quebrado,
Enterrado tudo que fiz em pedaços,
Na febre do belo deitar,
Querendo achar o amar.
A festa vai tomar doses graciosas,
Em logo nascer em altura,
Provando tudo no ar amarelo,
Fazendo jorrar as cinzas.
O pássaro caído em sol,
No jardim cinza do real,
De todos os sentimentos,
Levada apenas até nós.
Canto lendas que ainda ninguém leu,
Pela a falta de capricho,
Neste acontecido fingido,
Do veneno das minhas amigas.
São detalhes da vida pobre,
Deste poeta nascido em época errada,
Que nem todos entendam tamanha felicidade,
Em toda amante com espinhos.
Sou dormente em meu demente,
Na criação dos meus castelos,
Tão bem desenhados nas folhas,
Nestes braços cega névoa.
O querido assobio do trem.
Sendo um viajante visto,
Na voz gasta do apito,
Na veloz encontro do amor.
Ferve o dezembro de tolos,
Na melhor recordação do assalto,
Que ladrões são soltos dos cárceres,
Sendo ouvidos em mar de solidões.
Arrasto minha granada até você,
Pra lutar sem medo no sempre,
Pra vencer a estranha guerra,
Que não faz tanto sentido.
Vejo a aranha na própria teia,
Fazendo a casa da cor do amor,
Com tanta velocidade metida,
Acabando a estranha visita.
É nessa canseira que falo em montanhas,
Na esquisita de pedras raras,
Achadas de doidas pela briga,
Agarrando nas marcas faladas.
Cicatrizes em deitada olhada,
Você pode notar sem acreditar,
Na louca despedida de diamantes,
Na erguida de areias em artes,
Neste empurrada com teus pés.
Escrito por: Marcos Olavo