“SIGA-ME”

Abaixo da ponte pênsil as águas

Correm beijando voraz a pedras

Elas alegram-se e depois choram

Não são sempre as mesmas águas

Cantam as pedras a nos observar

Cortejam-nos os lindos pássaros

Acalmam-se as águas silenciando

O lugar e tudo mais a nos vigiar

Mãos trêmulas fazem a ponte

Balançar, arrepios, nos permite

Bem coladinhos a compartilhar

O medo, o desejo de mergulhar

Tímido ele segura firme minhas

Mãos suadas e me diz: Siga-me!

Impossível!Mãos e corpos úmidos

Escorregadio nos põe para deitar

E ali mesmo suspensos no ar

Enlaçados pelo amor ficamos

Até o dia clarear para apreciar

Mais a linda paisagem e se amar.

TERÊ ARCELES
Enviado por TERÊ ARCELES em 07/12/2011
Reeditado em 10/01/2012
Código do texto: T3376953
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